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Governo federal aumentou os gastos com publicidade em 65%

Atualizado: 17 de jul. de 2019

Análise revela as despesas com publicidade no primeiro semestre de 2015 e 2016


O site Contas Abertas realizou um levantamento apontando o crescimento com o gasto em publicidade no primeiro semestre de 2016. Segundo a pesquisa, os valores gastos em 2016 excedem os contabilizados durante o mesmo período de 2015.


No ano passado as despesas com publicidade fecharam R$ 386,5 milhões e em 2016 o valor já ultrapassou R$ 234,1 milhões.

No mês que antecedeu a saída de Dilma Rousseff e no mês seguinte da posse de Michel Temer, foram registrados os auges com gastos em publicidade. Em abril as despesas somaram R$ 79,9 milhões e em julho R$ 82,1 milhões, sendo assim, em abril de 2016 houve aumento de 98% em relação ao mesmo mês do ano passado e julho cresceu cerca de 50% em relação ao mesmo período de 2015.


Os gastos com publicidade são divididos em utilidade pública, institucional, legal e mercadológica. A maior parte das despesas foi com a publicidade de utilidade pública, que tem o intuito de informar e auxiliar a população em comportamentos que tragam benefícios e melhor qualidade de vida, sendo gasto R$ 212,4 milhões com esse grupo.


A publicidade institucional divulga informações sobre atos, obras e programas governamentais e gastou R$ 109 milhões no primeiro semestre desse ano. A publicidade legal é utilizada pelo governo federal que por força da lei deve divulgar os avisos, balanços, relatórios e outros comunicados de órgãos e entidades da gestão pública. Para essa categoria foram desembolsados R$ 57,1 milhões.


O mercadológico tem o objetivo de lançar, modificar, promover ou reposicionar produtos e serviços de entidades controladas pela União e que atuam em uma relação de concorrência com o mercado. Foram destinados R$ 8,1 milhões para esse tipo de publicidade.


De acordo com as novas regras da lei eleitoral (Lei 9.504, de 1997), os agentes públicos não podem realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito. Ou seja, o aumento dos gastos com publicidade pode estar relacionado com a tentativa de aumentar essa despesa no primeiro semestre, conforme a lei, segundo o site contas abertas.


A nova regra vale para as eleições de 2018, sendo assim, esse aumento de valores, que consequentemente gera uma nova média com publicidade, já pode influenciar na média para a próxima eleição.


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