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Politicagem na Administração Pública

No Brasil o interesse pelo poder quase nunca é por ideologia política, mas sim pela oportunidade de se fazer "bons negócios". Milhares de partidários políticos veem nas eleições uma grande oportunidade de se capitalizarem, usando das prerrogativas políticas para, de alguma forma, ganharem dinheiro e usufruírem de mordomias bancadas pelos trabalhadores e empresários brasileiros (impostos).


Depois que um grupo se instala no poder, de uma prefeitura, Estado ou União, começam as negociações de cargos e outras oportunidades com aliados e amigos (as), culminando muitas vezes na indicação de pessoas para funções estratégicas sem nenhuma condição técnica e as vezes com moral duvidosa, e a consequência disso pode ser facilmente verificada na baixíssima qualidade dos serviços prestados e de obras públicas que acabam não atendendo as expectativas da comunidade, e isso acontece em todo o território nacional.


No Brasil existem centenas de milhares de cargos comissionados e bem remunerados, na União, Estados e Municípios, na disputa para se beneficiar dessa situação esdrúxula, vale tudo, e o critério que prevalesse é o político, onde se despreza a condição técnica e moral dos escolhidos.


A única forma de mudar esse cenário vergonhoso é a participação efetiva da sociedade brasileira na exigência da diminuição radical dos cargos comissionados e no critério técnico e apolítico para definição dos comissionados. A melhoria da gestão pública e da qualidade de vida dos brasileiros está diretamente relacionada a intervenção da sociedade civil no processo das decisões dos gestores públicos.

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